Setembro Vermelho alerta para prevenção de doenças cardiovasculares no Brasil
As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no Brasil e no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022 foram registradas 19,8 milhões de mortes globais, representando 32% de todos os óbitos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são mais de 350 mil mortes por ano, sendo a maioria por infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Só o AVC resultou em 85.065 mortes em 2024, 84.931 em 2023 e 87.749 em 2022.
Além do impacto humano, os custos também são altos: o SUS gasta mais de R$ 1 bilhão por ano em procedimentos cardiovasculares.
O papel da acreditação hospitalar
A Organização Nacional de Acreditação (ONA) ressalta a importância da certificação hospitalar para salvar vidas. Segundo Gilvane Lolato, gerente geral de Operações da ONA, hospitais acreditados adotam protocolos clínicos que permitem o rápido reconhecimento dos sinais de infarto, como o protocolo de dor torácica. Um dos parâmetros é a realização do eletrocardiograma (ECG) em até 10 minutos após a chegada do paciente com dor no peito.
A acreditação também estimula a cultura de segurança, com checklists, fluxos padronizados e comunicação eficiente entre pronto-socorro e cardiologia, reduzindo falhas de diagnóstico e atrasos.
Dados sobre a ONA
Atualmente, das mais de 380 mil organizações de saúde cadastradas no Brasil, apenas 2.329 são acreditadas, sendo a ONA responsável por 74% dessas certificações (mais de 1.700 instituições). Entre elas, 430 hospitais.
Regiões: 61% das acreditações estão no Sudeste, 12,7% no Sul, 12,1% no Nordeste, 11,4% no Centro-Oeste e 2,8% no Norte. Gestão: 68,7% são privadas, 22,2% públicas, 8,3% filantrópicas e 0,1% militares. Certificados: até maio de 2025, já foram homologados mais de 5 mil certificados pela ONA.
O Setembro Vermelho reforça a necessidade de prevenção, diagnóstico precoce e cuidado contínuo para reduzir mortes e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.