Pra que tanto feriado?
Em todo o mundo, feriados foram criados para se comemorar alguma coisa. Nada de ócio, somente comemorações. Alguns são célebres, como o 4 de Julho americano, a maior das comemorações nos Estados Unidos. Bem diferente de nosso feriado de 7 de Setembro. Mas acredito que temos excesso de feriados. Muitos injustificáveis.
Jundiaí tem o feriado de 15 de agosto. Seria para comemorar o Dia da Padroeira da cidade. Mas quem vai às comemorações? Se somos uma cidade com mais de 400 mil habitantes, nem mil desses habitantes vão à igreja ou à procissão. Ou seja, feriado é puro ócio. Dia de churrascada ou de viajar.
Alguns feriados foram impostos pela Igreja Católica, como o Dia da Padroeira do Brasil (12 de outubro), a Sexta-feira Santa e o Corpus Christi. Isso no tempo em que a igreja mandava nos governos. Outras religiões nunca conseguiram emplacar um feriado.
Nosso feriado de 7 de Setembro está a cada ano mais mixuruca. Perde até para o 14 de Julho francês (Queda da Bastilha). E já tem gente reclamando que neste ano o 7 de Setembro será domingo. Nada de feriado. Como se os reclamantes estivessem ansiosos para comemorar a data…
Dia 1º de Maio é o Dia do Trabalhador. Num país com milhões de desempregados e outros milhões ganhando salários de escravos – mal dá para a alimentação. Não há o que comemorar.
Mas conformemo-nos. Antes havia mais feriados. Dia de Santo Antonio (13 de junho) era feriado. Dia de São João (24 de junho), feriado. Dia de São Pedro (29 de junho), feriado. Três feriados num só mês; e sem contar possíveis feriados municipais juninos.
Talvez tenha chegado a hora de uma revisão nesses feriados. É muita ociosidade e falta de motivação num país que não passa de uma república de bananas. Literalmente.
