200 quilos? Uma mixaria…
Há alguns dias, um juiz liberou um traficante que fora apanhado pela Polícia com 200 quilos de cocaína. Isso aconteceu na audiência de custódia. Para o juiz, 200 quilos eram uma quantidade insignificante. Além disso, o traficante tinha bons antecedentes e não oferecia perigo.
Para fazermos uma comparação bem simples. Nos supermercados, basta procurar na seção de temperos, bicarbonato de sódio. Cada embalagem tem em média 50 ou 60 gramas. Nessa comparação, chegamos à seguinte conclusão: 200 quilos de cocaína são suficientes para deixar uma cidade de 500 mil habitantes muito louca. Passada.
Então vamos mudar o tratamento. Em vez de traficante, atacadista. Pelo jeito foi isso que esse juiz entendeu. Talvez ele entenda também que contrabandista é somente um agente de fronteira não autorizado. Por esse e outros absurdos que acontecem no Judiciário é que ninguém mais confia na Justiça.
Os absurdos maiores estão no Supremo Tribunal Federal, o STF. Os ministros já rasgaram a Constituição de vez. Quando são contrariados, sentem-se incompreendidos, mal interpretados. Usam a “defesa do estado de direito” como desculpas para suas atrocidades. Mesmo desmentidos.
Há muita gente presa por suas opiniões. Nem durante o regime militar instaurado em 1964 aconteceram essas barbaridades. Houve excessos, mas não no Judiciário. Os propósitos dessa gente estão tão descarados que agora querem colocar a Polícia Federal para vigiar o ex-presidente Bolsonaro. Dentro da casa dele. Na sala, na cozinha, no banheiro, no quintal. A pedido de um traste chamado Lindbergh Farias, que é deputado federal. E também namoradinho de outro traste, a deputada federal Gleisi Hoffmann. Só para constar: o domicílio é inviolável, segundo a Constituição.
Para lembrar: o maior traficante das Américas, André do Rap, saiu da cadeia pela porta da frente, graças a um ministro do STF. Nunca mais foi visto. Numa só canetada, o ministro Dias Toffoli, também do STF, anulou todos os processos da Lava Jato e ainda mandou o governo devolver o dinheiro que havia sido entregue pelos acusados.
Nem vamos nos estender. A lista é grande, e é essa lista que nos deixa envergonhados quando o assunto é Justiça.
E acho que o juiz que liberou o atacadista tem razão. 200 quilos de cocaína é mixaria perto do que tem acontecido. Meu desejo é que ele seja promovido a desembargador, e quiçá, futuramente, a ministro do STF.
