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Ativações neurais no consumo: Como a dopamina e o efeito manada direcionam as compras

Ativações neurais no consumo: Como a dopamina e o efeito manada direcionam as compras

Você já quis pertencer algum grupo, estar vinculado ao que as pessoas estão falando – e isso não é uma pergunta, mas sim, uma afirmação!

No século 21, no auge da tecnologia, das telas, bombardeio de informações, sugestões a um deslizar de dedo – loopins de vídeos infinitos, a sua percepção e atração por um produto se torna a cada dia mais involuntária e falsa. Um novo dia começa, você destrava seu celular e seu olhos são fisgados, sua atenção foi conquistada. Sem perceber, seu neurotransmissor é ativado, sua boca saliva e você pode sentir claramente o gosto na sua boca. Pronto, a sua dopamina foi liberada. A dopamina é uma das substâncias quimicas que é conhecida como um dos neurotransmissores, responsáveis por regular as suas/nossas emoções – falando de forma mais prática e didática, é como se fosse um carteiro levando mensagens de uma célula a outra no cérebro. E ela não trabalha sozinha, mas com outros, que trazem em conjunto a sensação de bem estar – como quando você salivou ao ver e finalmente provou o “morango do amor”, a sensação de recompensa e bem estar foi liberada ao dar aquela primeira mordida tão almejada pós ver um vídeo em sua tela do celular – tudo bem, não vamos entrar na questão se você ficou desapontado(a) pelo sabor ou se foi um doce que te surpreendeu. O ponto chave é que você foi envolvido pelo efeito manada. Efeito manada? Sim! A partilha de informações que dissimina rapidamente com a internet, sendo influenciado(a) pelo comportamento de outro indivíduo a cerca de um produto ou opinião.

Borbadeado(a) com tantos vídeos de outros experimentando, vendendo, recomendando nas redes sociais, foi assim que o comportamento de um grande grupo te sucumbiu sutilmente e você nem percebeu – de fato, você se quer questionou se era uma fruta que você gostava, se seria muito doce ou se a combinação da calda vermelha adociada, ao seu paladar te agradaria – vale dizer, até quem assumiu não gostar da fruta, se permitiu provar, com o receio de perder o “time” do assunto do momento. Ao pensar sobre o efeito, não vamos muito longe – o pistache! Quem não lembra que há poucos meses atrás o auge era colocar pistache em qualquer doce, fosse bolo, brigadeiro, torta e até mesmo em ovos de páscoa, chegando a valores milionários, tudo por conta da influência social e pressão exercida por um grupo relevante, combinada a uma boa abordagem. O efeito rebanho ganha força e desempenha um papel significativo na mente e na decisão de compra dos consumidores.

E não, eu não te julgo, afinal, já estive presente dentro da bolha da manada e fui manipulada pelo meu cérebro. Diariamente nos deparamos com situações como estas acima. Como ao entrar numa loja apenas para olhar um produto, jurando a si mesmo, tentando se convencer que só iria “espiar” por alguns minutos, mas a verdade, é que você saiu com uma sacolinha na mão… Mas calma! Isso já é um assunto para ser refletido em outro dia!

Beatriz Spilak

Beatriz Spilak

Beatriz Spilak, natural de Jundiaí, é publicitária há seis anos e fotógrafa por adoção — um hobby que se tornou também profissão desde os 15 anos. Hoje, aos 26, construiu uma trajetória marcada pela criatividade e pela sensibilidade em diferentes áreas. Após sua formação acadêmica, encontrou no neuromarketing um campo que ultrapassou os limites da sala de aula e se integrou ao seu olhar cotidiano, tornando-se uma especialização contínua em sua vida profissional.

Para Beatriz, a vida só ganha sentido quando guiada pelas prioridades corretas: Deus, família, princípios e tempo de qualidade. É movida pelos desafios, pela busca constante do novo e pela liberdade de não se prender a rotinas. Acredita firmemente que não existe “não dar certo”: diante de qualquer obstáculo, sempre encontra um caminho para fazer acontecer, independentemente das barreiras que surjam no percurso.

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