A equipe do Ateliê Navio, escritório de arquitetura parceiro institucional da Rede Urban95 da Fundação Bernard van Leer, rede da qual Jundiaí faz parte, apresentou na segunda-feira (11) diagnóstico detalhado realizado na região do Jardim Novo Horizonte. A apresentação foi feita na Sala de Situação do Paço para uma equipe intersetorial da Prefeitura e teve como objetivo determinar, a partir de medições e escuta das crianças e da comunidade locais, os andamentos para a implementação naquele bairro de mais uma Área da Infância no Município.
Assim como o primeiro modelo implementado na Vila Arens, no entorno da Fábrica das Infâncias Japy, a Área da Infância é um espaço qualificado que agrega segurança viária e as intervenções de Urbanismo Tático, pinturas e posicionamento de mobiliário que priorizam a presença de crianças, pedestres e ciclistas em detrimento de motorizados. A Área deve contar ainda com o suporte de equipamentos públicos municipais de referência e o incentivo ao contato com a natureza – que no caso do novo local, será o Parque Naturalizado já em fase de implementação.
“Esta é mais uma iniciativa do programa Cidade das Crianças da Prefeitura que tem como prioridade a política pública para as infâncias. Assim como toda novidade, exige uma mudança de mentalidade por parte da população, que vem sendo escutada de modo qualificado pelas equipes. E a exemplo da vila Arens, os resultados têm sido muito positivos, tanto do ponto de vista da redução da velocidade dos veículos, quanto do aumento da presença de pedestres, redução de ruídos e melhoria na qualidade do ar”, comentou o gestor de Cultura, Marcelo Peroni, ponto focal do programa Cidade das Crianças na Prefeitura.
A fundadora do Ateliê Navio, a arquiteta e urbanista Úrsula Troncoso, explica a escolha e metodologia aplicadas. “O Novo Horizonte foi o primeiro bairro em que trabalhamos, na prestação de consultoria com foco na Infância, por ser a região em que há mais crianças inscritas em programas sociais, como o programa Criança Feliz e Bolsa Família, para a construção do Plano de Bairro. E após o trabalho ao longo dos últimos anos podemos apresentar uma série de medições, importantes para futuramente compararmos seus impactos, além de poder elencar uma séria de intervenções já realizadas junto à comunidade, como seis ativações das Ruas de Brincar no local, mais de 130 canteiros com mudas da iniciativa Pé de Árvore e agora a implementação do Parque Naturalizado.”
Uma vez apresentado o diagnóstico, as equipes do Ateliê Navio e da Prefeitura irão trabalhar agora nas definições de trajetos, considerando como eixo a avenida Professora Danielle Lourençon e otimizando a caminhabilidade entre os seguintes equipamentos públicos municipais: as Emebs Professora Beatriz Blattner Pupo, Professora Cleo Nogueira Barbosa e Fatima Aparecida Pandolpho; o Núcleo de Apoio à Aprendizagem do bairro; o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Oeste (antigo Cras Novo Horizonte) e a Unidade Básica de Saúde.
