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sábado, 27 abril, 2024

Governo de SP diz que bônus a professores será pago até sexta-feira

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou nesta terça-feira (12) o decreto que oficializa o pagamento do bônus de R$ 450 milhões aos servidores da Secretaria da Educação. De acordo com o ofício, o benefício será pago até a próxima sexta-feira (15).
O benefício será pago a 223.875 servidores, dos quais 179.162 são professores. O valor será, em média, de R$ 2.008,73. Têm direito ao bônus funcionários das escolas que atingiram ou superaram as metas previstas para o ano.
Dois terços dos profissionais da educação vão receber o bônus por mérito, que é calculado com base no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) e o Saresp (prova aplicada para português e matemática) ambos coletivos, e também a frequência do professor na escola.

Rejustes dependem da crise econômica

No início do mês, o secretário de Educação José Renato Nalini afirmou que haverá reajuste para quem ganha o piso salarial. No entanto, não informou a quantidade de profissionais beneficiados, o valor ou a data em que esse reajuste será pago.
“Nós não podemos repetir aquele êxito de maior bônus já pago na história da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, por motivos óbvios [crise econômica]”, afirmou Nalini, ressaltando que o estado fez um “sacrifício” para honrar seu compromisso.
Em relação ao reajuste de salário para a categoria, ele insistiu que a previsão depende da economia. “Nós estamos abertos a discutir a atribuição futura de reajustes, que são legítimas, compreensíveis e justificáveis, mas nós dependemos da performance da economia”.
“Nós reconhecemos que o professor é a alma da escola e que precisa ganhar bem”, disse o secretário, explicando que o governo está aberto a examinar as reivindicações da categoria.
Questionado sobre a possibilidade de greve dos professores, Nalini pediu consciência aos professores para que não entrem em greve. “Esse profissional, que sabe que é agente transformador e que pode mudar a realidade, eu acredito que ele terá consciência de que, no momento de crise, no momento de desalento, não abandonar crianças, porque o prejuízo será da criança”, disse.
Ele afirmou esperar cosciência desse profissional “tão sacrificado”, que é o professor. “Esperamos mais essa cota de sacrifícios dos professores, porque greve é o que menos interessaria à educação de São Paulo num ano já tão desanimador”, disse.

Bônus

A Secretaria Estadual da Educação afirmou, na quinta-feira (31), que uma enquete realizada pela intranet na pasta entre os dias 29 e 31 de março indicou que 92,6% dos servidores preferem receber bonificação em vez de aumento salarial de 2,5%. Outros 6,7% optaram pelo reajuste. A enquete foi realizada com 44 mil profissionais da educação, sem intermédio dos sindicatos, segundo o governo.
Segundo o governador Geraldo Alckmin, o pagamento do bônus extinguiria o reajuste neste momento.  “O reajuste neste momento não haverá, pois esta é uma discussão sempre no mês de julho”, disse o Alckmin.
Em nota enviada ao G1 na terça-feira (29), a Secretaria de Educação afirmou que os critérios para a definição dos valores  de bônus “são o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp) e o número de faltas, excluindo ausências decorrentes de licença-maternidade, licença-paternidade, adoção e férias, além do tempo de atuação na rede estadual dos funcionários do quadro de magistério, do quadro de apoio escolar e do quadro de serviço, incluindo diretores, professores, educadores e equipes escolares”.

Apeoesp

A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, disse que a entidade sempre criticou o pagamento de bônus, mas não esperava que a proposta fosse de um reajuste tão baixo quanto 2,5%. Ela defende que o governo pague a inflação do período desde o último reajuste, em 2014.

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