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domingo, 28 abril, 2024

Dez ministros de Dilma com um pé na cadeia

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Eles continuam nos cargos porque têm fôro privilegiado, mas são acusados de diversos tipos de crimes

Dizia dona Dilma, em 2010, que em seu governo haveria tolerância zero para qualquer sinal de desvio de finalidade. Mandou embora ministros e diretores, como se fizesse uma faxina geral. Seus atos caíram no gosto do público, e dona Dilma chegou a 70% de aprovação. Tudo isso foi por água abaixo. Hoje a situação é perversa – dez de seus ministros podem ir para a cadeia.
Seu ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, foi entregue de bandeja na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Nestor contou que parte do dinheiro desviado da Petrobras foi para a campanha de Wagner ao governo baiano em 2006. Também apareceram mensagens no celular do dono da OAS, Léo Pinheiro, onde Jaques Wagner intermedia negócios entre a empresa e fundos de pensão.
Wagner está enrolado também nas conversas telefônicas grampeadas pela Polícia Federal. Com Lula, fala abertamente em incitar a violência contra os que combatem o PT. Aloizio Mercadante, antes na Casa Civil, também está enrolado. É acusado de obstruir a Justiça, quando tentou comprar o silêncio do ainda senador Delcídio do Amaral, que também resolveu abrir o bico. De quebra, envolveu também o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
Delcídio disse que numa das viagens a Portugal, Cardozo conversou com o presidente do STF, Ricardo Levandowski, para negociar mudança nos rumos da Lava Jato. Haveria ainda nessa conversa outras condições para nomear novo ministro, Marcelo Navarro – o compromisso de tirar da cadeia os donos da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.
Edinho Silva, hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, foi o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014. Segundo o empredsário Ricardo Pessoa, que está fazendo delação premiada, Edinho forjou contratos com empresas farmacêuticas para arrumar dinheiro para a campanha, que já recebia dinheiro desviado da Petrobras.
Tesoureiro da campanha de Dilma à reeleição, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva (PT-SP), é citado na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa como beneficiário do esquema de propinas na Petrobras e aparece como responsável por obter recursos junto a farmacêuticas, por meios de contratos fictícios, para pagar despesas da campanha de 2014. Até o novo ministro da Justiça está comprometido.
Eugênio Aragão, ministro da Justiça, também está enrolado – atacou a prática de vazamentos da Polícia Federal e despertou a animosidade de policiais. Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ministro do Turismo, e Celso Pansera (PMDB-RJ), ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, também são investigados. Até o ministro da Fazenda está no rolo – Nelson Barbosa é citado no relatório de um Tribunal de Contas da União que propõe banir de funções públicas o ministro, o ex-ministro Guido Mantega e outros três integrantes da equipe econômica por causa das pedaladas fiscais.
Marcelo Castro, ministro da Saúde, está no aguardo de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral sobre a denúncia de compra de votos em sua campanha a deputado federal. Helder Barbalho, ministro dos Portos, é acusado pelo Ministério Público Federal de embolsar dinheiro destinado a programas de saúde de Ananindeua, no Pará, onde era prefeito.
 

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