Consumo reduziu em relação ao ano anterior, mas segue em alta se comparado ao período pré-pandemia

A pandemia, enfrentada principalmente nos anos de 2020 e 2021, trouxe mudanças no mercado de vinhos, recebendo mais adeptos à bebida fermentada de uva. O consumo per capita de vinho, que chegou a 2,8 litros ao ano em 2020, teve uma pequena retração, chegando aos 2 litros anual, segundo a Associação Brasileira de Sommeliers (ABS). A movimentação brasileira foi de 438,8 milhões de litros da bebida alcoólica em 2022, redução de 10% em comparação ao ano anterior, porém, em comparação a 2019 (pré-pandemia), houve alta de 14%, segundo dados da Ideal Consulting.

A mudança de paladar do brasileiro trouxe adaptações ao mercado. Os consumidores buscam prioritariamente por vinhos tintos do tipo seco. A diferença entre seco, meio seco e doce é a quantidade de açúcar residual no vinho, classificado conforme a legislação brasileira, que é de 4 gramas por litro no seco, 5 a 25 gramas no meio seco e mais de 25 gramas no doce. Existe uma preferência mundial aos vinhos tintos. A diferença entre as tonalidades de vinho está no processo de vinificação. O tinto é vinificado com a casca da uva no processo todo para conseguir a coloração escura, já o rosé passa pelo processo parcialmente com a casca para pegar um pouco da coloração e, no vinho branco, é utilizado apenas o bago da uva, não tendo contato com a casca.

A harmonização da bebida com a refeição é um dos momentos mais complexos para os não conhecedores de vinhos. Existem tipos de uvas que harmonizam com diversas refeições e sobremesas. As mais clássicas são Cabernet Sauvignon para tábuas de frios; espumante Brut com salgadinhos fritos; Chardonnay ou Sauvignon Blanc com saladas; para churrasco, a melhor opção é o Malbec; com pizza, o Merlot ou Cabernet Sauvignon; para sobremesas, o Vinho do Porto; e espumante Moscatel para acompanhar frutas.

O Dia Internacional do Vinho é comemorado em 19 de maio.