Em 1961, a então União Soviética testou a Tsar Bomba na na Ilha Novaya Zemlya, extremo norte da Rússia. Com 27 toneladas e programada para explodir a quatro mil metros do solo, produziu 50 megatons, o equivalente a 3.800 bombas como a que os americanos lançaram em Hiroshima em agosto de 1945. O piloto soviético Andrei Durnovtsev, que a lançou do avião, possuía 50% de chance de sobreviver no processo, mas sobreviveu. As ondas de choque da bomba foram sentidos na Europa e até nos Estados Unidos.
E nos dias de hoje? Se uma bomba assim fosse detonada na Capital, em cima do Vale do Anhangabaú, em 10 minutos mataria mais de 11 milhões de habitantes e afetaria quase sete milhões em sua volta. Moradores das cidades como Jundiaí, Cubatão, Santos, Praia Grande, Guarujá teriam 100% de chances de sofrerem queimaduras de 3º grau. Essa mesma bomba deixaria uma cratera de 340 metros de profundidade por 1,5 quilômetro de diàmetro.
Mas na época do teste os soviéticos tremeram, e pensando em possível acidentes, detonaram a Tsar Bomba com metade de sua capacidade, que era de 100 megatons. Caso uma bomba do tipo, com essa potência, fosse detonada em São Paulo, cidades a mais de 120 quilômetros de distância seriam atingidas, e sua radiação chegaria ao sul da Bahia.
E outro cálculo macabro: para destruir toda a Terra, seriam necessárias dez mil bombas de 50 megatons. Bem, depois de Hiroshima e Nagasaki, mais de duas mil armas nucleares foram testadas, mas nunca (ainda) usadas em guerra. A estimativa é que hoje existam no mundo 20 mil ogivas nucleares.