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sexta-feira, 17 maio, 2024

Editorial: A tal da inclusão social

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O novo governo, o de Temer está pensando em recriar a CPMF. Seus ministros pensam em novos impostos. O cenário tem tudo para se prever um novo arrocho como forma de consertar a caca feita pela Rainha Louca. Mas os protestos são outros. Reclama-se que o novo presidente não colocou em seu ministério negros, mulheres e o pessoal do arco-íris.
Nada contra ninguém, mas acredita-se que cargos de tamanha importância devam ser ocupados por gente escolhida por capacidade, e não por causa da cor, do comprimento da saia ou da opção sexual.
E isso remete a outros erros, cometidos em passado não tão recente. A questão das cotas é um desses erros. E hoje existe cotas para tudo. Concursos públicos têm cota, universidades têm cotas. Pra que?
Alega-se que mulheres, homossexuais e negros não têm as mesmas oportunidades dos demais. Pura mentira. Joaquim Barbosa, ministro que presidiu o Supremo Tribunal Federal e colocou a turma do Mensalão na cadeia, não precisou de cotas para estudar e chegar até lá. Pelé não precisou de cotas para ser o maior jogador do mundo.
O costureiro Clodovil, homossexual assumidíssimo venceu na vida por capacidade. Venceu como costureiro, depois como apresentador de TV e chegou a ser deputado federal com boas idéias. Pelo menos idéias bem mais brilhantes do que a maioria ignorante que hoje habita a Câmara de Brasília.
Mulheres também conquistam seu espaço por capacidade – as ministras Carmen Lúcia e Rosa Weber são exemplos mais que evidentes; a carioca Denise Frossard, uma juíza que moralizou parte do Rio de Janeiro, elegeu-se deputada por seu trabalho, não por sua saia.
Muita gente entende que ao se estabelecer cotas, seja lá pra que for, oficializa-se a discriminação. O que de fato é preciso é melhorar tudo. Dar a todos boas escolas, bons hospitais, oportunidades de trabalho. Ficar consertando – ou tentando consertar – o que não tem remédio é como enxugar gelo.
O caso dos ministério é bem isso. Colocar pessoas por sua etnia, religião, opção sexual ou gênero em cargos importantes não vai resolver absolutamente nada. O pobre continuará pobre, o filho do pobre continuará frequentando escolas caindo aos pedaços, tanto em sua construção quanto na qualidade do ensino (frequentando, não estudando), mulheres continuarão sofrendo violência e homossexuais precisarão continuar fazendo paradas para reafirmar que são iguais.
Em tempo: temos amigos negros e homossexuais; temos amigas também. É gente que nos conquistou pelo seu trabalho, pelo respeito mútuo, e principalmente por seu caráter. Não escolhemos amigos por cotas.

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