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domingo, 19 maio, 2024

Capez x Capez: mulher é assessora do procurador

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Investigado no escândalo da merenda, Fernando Capez tem a mulher como assessora do procurador do Estado

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Fernando Capez, foi apontado como um dos beneficiários no esquema de desvio e fraudes na merenda escolar do Estado. Como presidente da AL, será investigado pelo procurador geral do Estado, Márcio Elias Rosa. O interessante na história: Valéria Capez, mulher do deputado, é assessora do procurador.
Mais parentada: a mulher de Márcio Elias, Maria Rossa Elias Rosa, trabalha na Consultoria Jurídica da Secretaria de Governo, ligada à Casa Civil – ou seja, ligada diretamente ao gabinete do governador do Estado.
Tem mais: Rogério Auad Palermo, já foi assessor técnico procurador do Tribunal de Contas do Estado. Justamente o TCE, encarregado de fiscalizar muitas coisas do governo, como, por exemplo, as compras da merenda escolar. Mas tudo isso é só coincidência.
Conforme notícias publicadas em quase todos os jornais paulistas, o presidente de uma cooperativa afirmou ao Ministério Público que a Secretaria de Educação d governo Alckmin cancelou contrato com essa cooperativa como forma de pressão para pagamento de propina.
Segundo Cássio Chebabi, ex-presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) que fechou acordo de delação, a cooperativa venceu em 2013 uma chamada pública –sem licitação, como autoriza a lei em caso de agricultura familiar– para fornecer R$ 8 milhões em suco de laranja para merenda da rede estadual.
Após o início da produção da encomenda, a maior que a Coaf tinha, o governo cancelou o contrato, trazendo prejuízos à cooperativa, que precisou gastar para congelar a matéria-prima. Foi quando, de acordo com o delator, um dos operadores do esquema, Marcel Ferreira Julio, disse ser ligado ao deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa, e ter poder de destravar o contrato. Era necessário fazer um acordo e pagar um percentual, o que Chebabi aceitou. O depoimento foi prestado no último dia 21 em Bebedouro (SP), onde fica a Coaf.
A versão é considerada factível pelo Ministério Público e está sob investigação. Em razão da menção a políticos com foro privilegiado, como Capez, a apuração sobre envolvimento de órgãos estaduais será feita pela Procuradoria-Geral de Justiça.
A Secretaria da Educação confirmou que cancelou a chamada pública em setembro de 2013 e que fez uma nova no ano seguinte, vencida novamente pela Coaf (R$ 8,5 milhões) junto com a Coagrosol (R$ 3,6 milhões) –cooperativa que já era fornecedora do Estado. Sem explicar motivos do cancelamento da primeira chamada, a secretaria afirma que o segundo contrato foi mais vantajoso.

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