Grupo nasceu sem maiores pretensões, acabou ficando, se profissionalizou e em agosto completa 25 anos
Hoje são em doze. Já foram maiores e menores, recebem convidados e se apresentam no mundo inteiro. O grupo, formado há 25 anos, surgiu do nada. Amigos, todos moradores em Jundiaí, faziam curso de teatro em Campo Limpo, e entenderam que estava na hora de criar algo em Jundiaí.
Passaram bom tempo ensaiando, sem qualquer apresentação. Até que um dia encenaram a peça Avenida Ipiranga 1972. Coisa da época. Amigos se encontram numa boate, discutem o momento e alguns acabam desaparecidos. Isso no auge do regime militar. A peça agradou e o grupo levou outros projetos adiantes.
Profissionalmente, cobrando ingresso, a primeira apresentação foi para o público infantil – João e Maria, um clássico. Daquela época para cá foram mais de cinco mil apresentações, que extrapolaram as fronteiras – eles já estiveram mostrando as peças em Viena (Áustria), Lisboa (Portugual), Washington (Estados Unidos) e na Cidade do México.
Tiveram de ensair em inglês e espanhol. “A gente decorava o texto na língua inglesa ou em espanhol – conta Marcelo Peroni, de 41 anos, um dos fundadores e hoje diretor (começou como ator e ainda faz das suas nos palcos) – e na falta de improviso saiu até o portunhol”.
Nesse tempo a Cia. Paulista de Artes foi reconhecida. “Foram 62 prêmios pela encenação da peça As noivas de Nélson – explica Marcelo – no total, 140 prêmios”. Não é comum um grupo durar tanto tempo. “Somos um grupo de repertório”, afirma Marcelo. Até agosto, haverá outras ações, como apresentações da pela Barvi Oriundi e uma exposição itinerante.
Sesc tem programa especial
Os 25 anos da Cia. Paulista de Artes têm comemoração especial no Sesc Jundiaí, de 17 de abril a 1º de maio. Serão apresentadas as peças Romeu e Julieta (infantil), BravAmérica (contando a história da imigração italiana, em língua italiana), Bravi Oriundi (histórias dos imigrantes e descendentes, baseadas em entrevistas com 21 famílias de Jundiaí), As noivas de Nélson, Marcelo Marmelo Martelo e O príncipe feliz.
