20.4 C
Jundiaí
quarta-feira, 1 maio, 2024

Alta de juros deixa financiamento da casa própria mais caro

spot_img

 

Responsável por 70% do crédito imobiliário do país, a Caixa aumenta os juros nas principais operações

Quem pensa em financiar a casa própria pela Caixa Econômica Federal deve preparar o bolso. A CEF, que responde por 70% do crédito imobiliário no país, anunciou o aumento dos juros para o financiamento de unidades residenciais, comerciais e mistas. Apenas as taxas de operações com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida e do FGTS não sofreram mudança. A decisão alcançou o Sistema Financeiro Habitacional (SFH), voltado a imóveis de até R$ 750 mil, e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), para bens com valor acima desse teto.
Em algumas modalidades, o reajuste atingiu 1,32%. É o caso da taxa balcão, aplicada a quem não têm relacionamento com a Caixa. Nesse caso, a taxa pelo SFH saltou de 9,90% para 11,22% ao ano. Pelo SFI, a alta foi de 11,50% para 12,50%. A correção foi disseminada, sendo aplicada inclusive para servidores públicos com relacionamento e conta-salário no banco.
Com o reajuste, as taxas cobradas pela Caixa — que costumavam ser as mais baixas do mercado — estão equiparadas aos juros praticados pelos principais bancos, que também elevaram recentemente os encargos cobrados dos clientes. O Santander, no entanto, informou que não há definição quanto a aumento nas atuais taxas, que variam entre 10,1% ao ano mais Taxa Referencial (TR) e 12,4%. O Banco do Brasil disse que não houve realinhamento dos juros, que se mantêm a partir de 11,3% ao ano mais TR. O Itaú Unibanco afirmou que, por enquanto, nada muda na estratégia.
Analistas não descartam a possibilidade de a Caixa voltar a aumentar os juros do crédito imobiliário ao longo do ano. A expectativa tem por base a previsão de aumento da inadimplência e o fato de os encargos cobrados pela instituição continuarem abaixo da taxa básica (Selic), de 14,25% ao ano. Para o diretor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Ellery, a correção é necessária para a saúde financeira da Caixa. “Ela não pode ficar emprestando dinheiro muito abaixo do custo para estimular o mercado”, ponderou. Caso a instituição precisasse ser capitalizada, lembra Ellery, a conta seria paga por todos os contribuintes via aporte de recursos pelo Tesouro Nacional.

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas