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sexta-feira, 3 maio, 2024

Número de desempregados cresce 27,4% em 2015 e chega a 8,6 milhões

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O número de desempregados em 2015 teve média de 8,6 milhões de pessoas, alta de 27,4% na comparação com 2014, quando era de 6,7 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15). As informações são coletadas em 211.344 domicílios, em cerca de 3.500 cidades.

Desemprego vai a 8,5%

Enquanto a média de desempregados aumentou no ano passado, o de pessoas com trabalho ficou estável, em 92,1 milhões.
Com isso, o desemprego médio registrado em 2015 foi de 8,5%, o maior já registrado pela pesquisa, que começou em 2012. Em 2014, o desemprego médio tinha sido de 6,8%.
Já o rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores permaneceu estável no ano passado, em R$ 1.944, na comparação com 2014 (R$ 1.947), segundo o instituto.
De acordo com Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE e responsável pela pesquisa, a piora no mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico. “A perda da estabilidade faz com que os domicílios tentem recompor. Pessoas que estavam fora do mercado de trabalho entram na fila da desocupação”, afirma.
O IBGE tem outra pesquisa de desemprego, a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que mede a taxa mês a mês, com base em seis regiões metropolitanas. Ela indicou que o desemprego em 2015 teve média de 6,8%. Em janeiro deste ano, a taxa registrada foi de 7,6%.
O instituto considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Número de carteiras cai 2,5%

O número de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado caiu 2,5% no ano passado, passando de 36,6 milhões em 2014 para 35,7 milhões em 2015, segundo o IBGE.
Além do instituto, o Ministério do Trabalho também apresenta dados sobre emprego, levando em conta o número de contratações e demissões de pessoas com carteira assinada, baseados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
No começo deste ano o Ministério divulgou que o Brasil perdeu 1,54 milhão de vagas de trabalho com carteira em 2015, pior resultado para um ano desde o início da pesquisa, em 1992. Em janeiro, mais 99,7 mil vagas foram cortadas.

Quarto trimestre de 2015

No quarto trimestre, o número de desempregados foi de 9,1 milhões de pessoas, ficando estável na comparação com o trimestre anterior, segundo o IBGE. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, a alta foi de 40,8%, com 2,6 milhões de pessoas a mais procurando emprego.
A taxa de desemprego no quarto trimestre de 2015 foi de 9%, a maior da série, que começou em 2012.
No trimestre anterior, ela tinha sido de 8,9%. Apesar do aumento, a taxa teve estabilidade na avaliação do IBGE. Em relação ao quarto trimestre de 2014, ela cresceu 2,5 pontos percentuais.

Três pesquisas

O IBGE divulga mais duas pesquisas com dados de desemprego, mas anunciou que vai manter apenas a Pnad Contínua mensal.
Uma delas já foi encerrada, a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes). A última foi divulgada no mês passado e indicou que o número de trabalhadores na indústria em 2015 caiu 6,2%, quarto ano seguido de queda e a maior desde 2002, quando a pesquisa começou a ser feita.
A outra pesquisa, a PME, também deve terminar neste ano. Diferentemente da Pnad Contínua, que é nacional, a PME é baseada apenas nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A última divulgação será neste mês.

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